domingo, 15 de julho de 2012


 MÓDULO BÁSICO : DESENVOLVIMENTO E MUDANÇAS NO ESTADO BRASILEIRO


JÚNIOR, A. D. L. Desenvolvimento e Mudanças no Estado Brasileiro. Florianópolis: CAPES:UAB, 2009.

  1. Quais foram os principais avanços institucionais ocorridos durante o governo Sarney?
O governo Sarney logo em seu início já enfrentava uma situação crítica com a inflação enorme e dívida externa de difícil negociação. Dirigiu o seu governo com a implementação de planos como o plano Cruzado com a política de congelamento de preços e salários, porém nos primeiros meses ocorreu um controle da inflação,  seguido de falta de mercadorias nos mercados por impossibilidade de ajustes de preço os mesmos tiveram sua disponibilidade reduzida, política de substituições das importações com redução da importação sendo um plano sem sucesso chegando ao seu fim foi realizada a tentativa de implementar o plano cruzado II, que também fracassou, seguiu-se com outros planos para controle da situação, como o plano Verão. Porém neste período destaca-se a promulgação da 7ª Constituição Brasileira de 5 de outubro de 1988 e a partir dela é convocada a eleição direta para presidente da República, e ainda em seu governo, Sarney permitiu um crescimento em média anual de 4,34% elevado dadas as condições do país na época (JÚNIOR, 2009 E MARQUES, 1988).

  1. Na sua opinião qual o principal motivo para a queda do presidente Collor?
Logo no começo do meu mandato Collor cria o Plano Collor, para combater a inflação, mudando a moeda do país, liberando o câmbio, congelando preços e salários e retenção por 18 meses depósitos e aplicações, reduziu ainda o número dos ministério de 23 para 12 e extinguiu autarquias e empresas públicas, bloqueou recursos que retraiu a atividade econômica, tentou implantar o Collor II, e teve o seu governo envolvido em  escândalos com corrupção pois além da queda de popularidade do presidente e a erosão acentuada da base parlamentar de apoio político, o governo Collor de Mello começou a ser alvo de denúncias de corrupção. Vários dos ministros e assessores do presidente, além de sua própria esposa, a primeira-dama Rosane Collor, foram acusados de desvio de verbas públicas, sendo este último motivo fator preponderante de sua queda (JÚNIOR, 2009 E SCHNEIDER, 1992).

  1. Quais as principais diferenças na política macroeconômica do governo Itamar Franco em relação ao governo Collor?
Itamar que já era um político experiente optou por guiar seu governo criando medidas de estabilização da inflação criando o Real, guiado pelo então ministro das relações exteriores Fernando Henrique Cardoso. O plano foi implantado passando por 3 fases, porém o país agora estava mais estabilizado para suprir mercado interno por meio das importações (JÚNIOR, 2009 E PINHEIRO & HIRST, 1995).

  1. Quais as principais medidas econômicas implantadas durante o primeiro governo Fernando Henrique?
Reforma da Previdência Pública, proibição da indexação nos contratos trabalhistas, fim do monopólio estatal nas áreas de energia, siderurgia e telecomunicações, execução da maior parte do Plano Nacional de Desestatização, Programa de Estímulo à Reestruturação e ao fortalecimento do Sistema Financeiro Nacional (PROER), elaboração do Plano Diretor de Reforma do Aparelho de Estado,  que implantou o modelo de administração gerencial para as áreas-fim, mantinha o modelo weberiano para carreiras típicas de Estado, além de criar a figura das organizações sociais para assumirem as atividades públicas não estatais, teve ainda quebra do monopólio do setor de energia, reestruturação do sistema bancário, venda da Vale do Rio Doce, criação das Agências Reguladoras, e macroeconomicamente o controle da inflação foi fator estratégico, além do aumento das taxas de juros no país ainda ocorreu a solicitação de uma empréstimo ao FMI, desta forma este primeiro momento foi de apreensão (JÚNIOR, 2009 E CARNEIRO, 1999).

  1. Descreva os principais pontos do Plano Real e a sua importância para o desenvolvimento econômico brasileiro.
Na reestruturação do sistema financeiro implantou o Programa de Estimulo à Reestruturação e ao fortalecimento do Sistema Financeiro Nacional (PROER) e o Programa de Incentivo á Redução do Setor Público Estadual na Atividade Bancaria (PRIES), foi importante pois permitiu possibilitou uma certa estabilidade do sistema financeiro nacional (JÚNIOR, 2009).

  1. Descreva as principais dificuldades enfrentadas durante o segundo governo FHC?
As exportações brasileiras foram afetadas por dificuldades econômicas da Argentina principal parceiro comercial, o “apagão” por estiagem prolongada e falta de investimentos para geração de distribuição de energia, crescimento da intenção de votos para Lula assustando o mercado financeiro, seguido aidna do pequeno crescimento do PIB e aumento da inflação (JÚNIOR, 2009 E FILHO, 1994).

  1. Por que o governo Lula surpreendeu o mercado financeiro internacional?
O crescimento da economia dos países emergentes ampliou a demanda por alimentos e commoditities minerais, setores de ampla vantagem competitiva no Brasil. Diversificou o número de parceiros e atuou de forma agressiva no comércio exterior. Durante os 4 anos de governo teve um crescimento de 128% no mercado exterior e expansão dos investimentos diretos estrangeiros, a moeda estrangeira teve melhora significativa possibilitando reduzir o volume da dívida externa e liquidar os compromisso dom o FMI, reduzindo assim a taxa básica de juros e impulsionando o volume de crédito na economia (JÚNIOR, 2009 E KUCINSKI, 1998).

  1. Em que medida o governo Lula seguiu a política econômica do governo anterior?
Continuou o combate à inflação, intensificou o ajuste fiscal, enviou ao Congresso um projeto de Reforma da Previdência mais profundo, deu continuidade aos programas de proteção social, criando ainda o bolsa família, além da expansão do comércio e maior confiança do mercado externo (JÚNIOR, 2009).

Referências
CARNEIRO, Maria Cecília Ribas, O Governo Fernando Henrique 1995 1998. Editora Três, 1999.
FILHO, Expedito, Nos Bastidores da Campanha - Fernando Henrique Cardoso. Editora Objetiva, 1994.
JÚNIOR, A. D. L. Desenvolvimento e Mudanças no Estado Brasileiro. Florianópolis: CAPES:UAB, 2009.
KUCINSKI, B. A Síndrome da Antena Parabólica: Ética no Jornalismo Brasileiro, Fundação Perseu Abramo, S. Paulo, 1998.
MARQUES, M. S. B. O Plano Cruzado: Teoria e Pràtica. Rev. De Economia Política. v. 8, n. 3, 1988.
PINHEIRO, L; HIRST, M. A Política Externa do Brasil em Dois Tempos. Rev. Bras. Polít. Int. 38 (1): 5-23 ,1995.
 SCHNEIDER, B. R. A privatização no governo Collor: triunfo do liberalismo ou colapso do estado desenvolvimentista? Rev. de Economia Política. vol. 12, n. 1, 1992.

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