MÓDULO BÁSICO : DESENVOLVIMENTO E
MUDANÇAS NO ESTADO BRASILEIRO
JÚNIOR, A. D. L. Desenvolvimento e Mudanças no Estado Brasileiro. Florianópolis: CAPES:UAB, 2009.
- Quais
foram os principais avanços institucionais ocorridos durante o governo
Sarney?
O governo Sarney logo em seu início já enfrentava
uma situação crítica com a inflação enorme e dívida externa de difícil
negociação. Dirigiu o seu governo com a implementação de planos como o plano
Cruzado com a política de congelamento de preços e salários, porém nos
primeiros meses ocorreu um controle da inflação, seguido de falta de mercadorias nos mercados
por impossibilidade de ajustes de preço os mesmos tiveram sua disponibilidade
reduzida, política de substituições das importações com redução da importação
sendo um plano sem sucesso chegando ao seu fim foi realizada a tentativa de
implementar o plano cruzado II, que também fracassou, seguiu-se com outros
planos para controle da situação, como o plano Verão. Porém neste período
destaca-se a promulgação da 7ª Constituição Brasileira de 5 de outubro de 1988
e a partir dela é convocada a eleição direta para presidente da República, e
ainda em seu governo, Sarney permitiu um crescimento em média anual de 4,34%
elevado dadas as condições do país na época (JÚNIOR, 2009 E MARQUES, 1988).
- Na
sua opinião qual o principal motivo para a queda do presidente Collor?
Logo no começo do meu mandato Collor cria o Plano
Collor, para combater a inflação, mudando a moeda do país, liberando o câmbio,
congelando preços e salários e retenção por 18 meses depósitos e aplicações,
reduziu ainda o número dos ministério de 23 para 12 e extinguiu autarquias e
empresas públicas, bloqueou recursos que retraiu a atividade econômica, tentou
implantar o Collor II, e teve o seu governo envolvido em escândalos com corrupção pois além da queda de popularidade do presidente e a erosão
acentuada da base parlamentar de apoio político, o governo Collor de Mello
começou a ser alvo de denúncias de corrupção. Vários dos ministros e assessores
do presidente, além de sua própria esposa, a primeira-dama Rosane Collor, foram
acusados de desvio de verbas públicas, sendo este último motivo fator
preponderante de sua queda (JÚNIOR, 2009 E SCHNEIDER, 1992).
- Quais
as principais diferenças na política macroeconômica do governo Itamar
Franco em relação ao governo Collor?
Itamar que já era um político experiente optou por
guiar seu governo criando medidas de estabilização da inflação criando o Real,
guiado pelo então ministro das relações exteriores Fernando Henrique Cardoso. O
plano foi implantado passando por 3 fases, porém o país agora estava mais
estabilizado para suprir mercado interno por meio das importações (JÚNIOR, 2009
E PINHEIRO & HIRST, 1995).
- Quais
as principais medidas econômicas implantadas durante o primeiro governo
Fernando Henrique?
Reforma da Previdência Pública, proibição da
indexação nos contratos trabalhistas, fim do monopólio estatal nas áreas de
energia, siderurgia e telecomunicações, execução da maior parte do Plano
Nacional de Desestatização, Programa de Estímulo à Reestruturação e ao fortalecimento
do Sistema Financeiro Nacional (PROER), elaboração do Plano Diretor de Reforma
do Aparelho de Estado, que implantou o
modelo de administração gerencial para as áreas-fim, mantinha o modelo
weberiano para carreiras típicas de Estado, além de criar a figura das
organizações sociais para assumirem as atividades públicas não estatais, teve
ainda quebra do monopólio do setor de energia, reestruturação do sistema
bancário, venda da Vale do Rio Doce, criação das Agências Reguladoras, e
macroeconomicamente o controle da inflação foi fator estratégico, além do
aumento das taxas de juros no país ainda ocorreu a solicitação de uma
empréstimo ao FMI, desta forma este primeiro momento foi de apreensão (JÚNIOR,
2009 E CARNEIRO, 1999).
- Descreva os principais pontos do Plano Real e a sua importância para o desenvolvimento econômico brasileiro.
Na reestruturação do sistema financeiro
implantou o Programa de Estimulo à Reestruturação e ao fortalecimento do
Sistema Financeiro Nacional (PROER) e o Programa de Incentivo á Redução do
Setor Público Estadual na Atividade Bancaria (PRIES), foi importante pois
permitiu possibilitou uma certa estabilidade do sistema financeiro nacional
(JÚNIOR, 2009).
- Descreva
as principais dificuldades enfrentadas durante o segundo governo FHC?
As exportações brasileiras foram afetadas por
dificuldades econômicas da Argentina principal parceiro comercial, o “apagão”
por estiagem prolongada e falta de investimentos para geração de distribuição
de energia, crescimento da intenção de votos para Lula assustando o mercado
financeiro, seguido aidna do pequeno crescimento do PIB e aumento da inflação
(JÚNIOR, 2009 E FILHO, 1994).
- Por
que o governo Lula surpreendeu o mercado financeiro internacional?
O crescimento da economia dos países emergentes
ampliou a demanda por alimentos e commoditities minerais, setores de ampla
vantagem competitiva no Brasil. Diversificou o número de parceiros e atuou de
forma agressiva no comércio exterior. Durante os 4 anos de governo teve um crescimento
de 128% no mercado exterior e expansão dos investimentos diretos estrangeiros,
a moeda estrangeira teve melhora significativa possibilitando reduzir o volume
da dívida externa e liquidar os compromisso dom o FMI, reduzindo assim a taxa
básica de juros e impulsionando o volume de crédito na economia (JÚNIOR, 2009 E
KUCINSKI, 1998).
- Em
que medida o governo Lula seguiu a política econômica do governo anterior?
Continuou o combate à inflação, intensificou o
ajuste fiscal, enviou ao Congresso um projeto de Reforma da Previdência mais
profundo, deu continuidade aos programas de proteção social, criando ainda o
bolsa família, além da expansão do comércio e maior confiança do mercado
externo (JÚNIOR, 2009).
Referências
CARNEIRO, Maria Cecília Ribas, O Governo Fernando Henrique 1995 1998. Editora Três, 1999.
FILHO, Expedito, Nos Bastidores da Campanha - Fernando Henrique Cardoso.
Editora Objetiva, 1994.
JÚNIOR, A. D. L. Desenvolvimento e Mudanças no Estado Brasileiro.
Florianópolis: CAPES:UAB, 2009.
KUCINSKI, B. A
Síndrome da Antena Parabólica: Ética no Jornalismo Brasileiro,
Fundação Perseu Abramo, S. Paulo, 1998.
MARQUES, M. S. B. O Plano Cruzado: Teoria e Pràtica. Rev. De Economia
Política. v. 8, n. 3, 1988.
PINHEIRO,
L; HIRST, M. A Política Externa do Brasil em Dois Tempos. Rev.
Bras. Polít. Int. 38 (1): 5-23 ,1995.
SCHNEIDER, B. R. A privatização no governo
Collor: triunfo do liberalismo ou colapso do estado desenvolvimentista? Rev. de Economia Política. vol. 12, n.
1, 1992.